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A Otite Que Estragou Minhas Férias

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dor de ouvido

Era para ser um período de descanso, passeios, visitas a familiares que não vejo a algum tempo, mas também de reorganização da casa, da papelada que se acumulou pelo quarto desde o início do ano…. Tudo bem, o tempo era curto pra dar conta de tudo isso, mas eu iria tentar.

Oficialmente meu recesso _ que é como os professores chamam as férias de meio de ano _ começariam no dia 19 de junho, mas  eu consegui adianta-la em dois dias, uma quinta-feira. E não é que justo neste dia eu acordei com uma pequena, mas insistente coceira no ouvido direito? Ao longo do dia essa coceirinha foi se tornando incômoda e a noite chegou a atrapalhar o meu sono. Não dei importância.

No dia seguinte a coceira se transformou em dor, e foi aumentando. Deveria ter ido logo a um  médico, mas como não sentia dor de ouvido desde criança, recorri a uma amiga que consultou a mãe, uma senhora que já tratou dores de ouvido de quatro filhos! A dica era a seguinte: “Aqueça um pouquinho de óleo, de preferência azeite de oliva, humedeça um algodão com ele e pingue algumas gotinhas dentro do ouvido. Depois tampe o canal com o próprio algodão e fique longe de correntes de vento”. Agradeci, mas não tive coragem. Se não melhorasse até o dia seguinte iria ao médico. E a dor aumentando.

Logo cedo procurei uma unidade da AMA perto de casa. Não demorei mais que vinte minutos para ser atendido por uma jovem médica, também muito atenciosa, porém muito rápida. Em segundos, após observar o interior do meu ouvido com um aparelhinho, ela deu o diagnóstico: Otite aguda! Receitou-me amoxilina, Diclofenaco _ que consegui gratuitamente ali mesmo _ e algumas recomendações: “Se não melhorar em três dias procure um Otorrino”.

Saí da lá certo de que melhoraria, ledo engano. Mesmo seguindo direitinho a receita, a dor só piorava. Ainda assim esperei dar os três dias. Só eu mesmo! Quando procurei o pronto-socorro do Hospital do Servidor Público, para onde deveria ter ido desde o início, nem conseguia falar de tanta dor. Já nem era mais o ouvido. Todos os dentes do lado direito da minha boca doíam. Tomei uma injeção e saí com uma receita que me custou cento e oitenta Reais! Caro, mas o alivio foi imediato. De qualquer maneira, nada de passeios, movimentos bruscos, saídas a noite, conversas de bar…. E eu que tinha feito tantos planos….

Dizem que de tudo devemos tirar uma lição, pois bem, aprendi que com dor de ouvido não se brinca. Ao primeiro sinal, procure um médico. Se tivesse feito isso logo no primeiro dia, talvez conseguisse salvar meu recesso. Outra coisa, nunca, jamais, coloque o que quer que seja dentro do ouvido sem antes ouvir um médico. Se tivesse seguido as recomendações de Dona Dirce talvez essa hora eu já estivesse surdo. Se bem que ainda estou um pouco.

Terminando esse post volto ao hospital para fazer uma “limpeza” no ouvido. Será que lavou, tá novo? Espero que sim e que esse pesadelo termine logo, já que minhas férias, bem, estas terminaram hoje.


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